Quando estamos lá em cima - entre vidas, antes de encarnar - nós escolhemos a nossa Missão de Vida, da nossa próxima vida.
Escolhemos como encarnar, o país, a época, os pais, enfim, escolhemos tudo. Absolutamente tudo.
A questão é que quando encarnamos nos esquecemos de quase todas as coisas que escolhemos.
Quase. O que não esquecemos é que lá em cima, entre vidas, recebemos Amor Incondicional. É o amor que não impõe condições, ele só ama. É o amor do Céu. É o amor da Alma.
Quando descemos para esta vida, quando nascemos desta vez, queremos continuar recebendo esse Amor Incondicional, porque é a nossa referência, é o que conhecemos. E também porque, tendo acabado de chegar, o bebê ainda está vibrando pela Alma.
O amor aqui em baixo, na matéria, é condicionado, é dual.
As pessoas nos amam, "se"...
A mãe nos ama se nos comportarmos bem, se tivermos boas notas, se não formos malcriados.
E nós, recém-chegados, habituados ao amor que não tem “se's”, que não condiciona, começamos a sentir a dor.
Começamos a sentir a rejeição. E tentamos desesperadamente fugir dessa dor porque não conseguimos compreender porque é que as coisas têm que ser assim. E chamamos o ego. O que aguenta tudo. O que nos protege da dor, da rejeição e do abandono.
E as defesas começam a surgir. E a Alma começa a minguar.
Mas a verdade é que, apesar de tudo, temos uma grande memória cósmica e nunca nos esquecemos que um dia vibramos pelo Amor Incondicional. Isso quer dizer que durante a nossa Missão de Vida, nunca nos esquecemos de o procurar.
Nos meus cursos e nas consultas que dou, existem muitas pessoas que quando começam a meditar contam que sentiam muitas saudades da energia do Céu. Ninguém esquece.
A coisa mais próxima do Amor Incondicional que recebemos lá em cima, no Céu, é o que sentimos quando ajudamos alguém. É incrível a sensação de bem-estar, a sensação de ser útil, de ser relevante, de ser especial na vida do outro. É uma sensação tão alta, tão elevada que passamos a achar que essa é a nossa Missão de Vida na Terra.
E a partir daí, o que é que nós fazemos?
Paramos tudo, paramos todo o nosso projeto pessoal evolutivo, paramos toda a nossa busca da Luz, manutenção da nossa energia original, para ir ajudar os outros, porque achamos que essa é a nossa Missão de Vida. Na realidade, inconscientemente estamos só à procura do Amor Incondicional. Nós ainda estamos no estágio em que precisamos do amor de fora. Nós não conseguimos ainda sentir esse Amor Incondicional dentro de nós.
Acabamos tentando ir buscar fora de nós o que viemos nesta vida conquistar a partir de dentro.
– “Eu me amo sem condições. Incondicionalmente.”
Como me diz Jesus:
- Em vez de ficar esperando que alguém te ame aqui em baixo, amplie o seu universo, aja de acordo com o que acredita que é, e escolha de acordo com o que escolheria a mais alta Alexandra que poderá vir a ser um dia.
Tudo isso vai fazendo com que a tua energia se eleve e o teu amor por você própria aumente.
Só vai conseguir se amar quando conseguir finalmente se transformar para poder ser quem realmente é. Quando conseguir conquistar a liberdade. A verdadeira liberdade que é a de poder ser quem é.
E quando conseguir finalmente ser quem é, a energia que vai emanar será tão forte, que ela vai inspirar outras pessoas, ela vai dizer às outras pessoas que esta transformação é possível. Que é possível transformar um ser que vem pedir amor ao mundo num ser que vem doar amor ao mundo.
E a energia desta transformação é tão forte, a energia que emana quando doa amor é tão forte... mas para isso terá que conseguir finalmente agir em Luz. Terá que conseguir Ser Alma em vez de Ser Ego. E isso é tão improvável que vai inspirar as outras pessoas.
Inspirar os outros a transformarem-se, a conseguirem se amar para poder doar amor em vez de vir receber amor, que é o primeiro estágio da criação.
Nunca se esqueça: Um ser quando encontra a sua própria Luz, todo ele... brilha.