Ele era extremamente abençoado, tinha saúde, relacionamentos bons, estava até bem financeiramente, mas achava que a vida não sorria.
Sentia que a vida não andava, que nunca nada acontecia de bom.
O outro tinha uma vida mais restritiva, com problemas, com desafios, dificuldades, mas se sentia abençoado. Utilizava a restrição para, quando vinha a abundância, dar-lhe um valor imenso.
Outro dia eu estava dando uma consulta a uma moça com mais ou menos 30 anos, e ela fez uma pergunta a Jesus. A pergunta dela era:
“Eu conheço o meu namorado há 8 anos, moro com ele há 2 anos, mas não somos casados no papel. Será que a nossa união não é abençoada?”
E esta pergunta, feita por uma moça tão nova, espelha o medo ancestral que as religiões impuseram nos homens.
As religiões impõem que a pessoa tenha que fazer o que ela estipula, que tenha que encaixar na sua vida todos os dogmas que ela - religião – inventa.
Se não fizer tudo direitinho, essa pessoa não será abençoada.
Como se a própria religião tivesse na sua mão o poder de dar ou tirar uma bênção.
Ora as bênçãos são respostas energéticas à nossa vibração, e não têm nada a ver com o que nós achamos que fazemos.
Não tem a ver se a pessoa casa ou não casa, não tem a ver se ela passa de ano ou não passa de ano, não tem a ver se ela tem sucesso ou não no seu emprego. As pessoas não são abençoadas porque “se portam bem, fazem os trabalhos de casa e vão à missa.” Não é assim que funciona.
E seus pensamentos? E as suas emoções? E a sua vibração?
As bênçãos não são mais do que respostas à nossa vibração, ao nosso comprometimento de sermos quem somos, de fazermos vibrar a nossa energia mais alta e de fazermos coisas que façam a diferença em nós e nos outros.
Essa energia que nós emanamos quando fazemos isso, chega ao céu e rebate em forma de bênção.
As religiões – uffff, sempre as religiões – colocam no ser humano uma sensação de pecado, de não pureza, de não merecimento.
E apesar de toda essa restrição, ainda coneguimos emanar uma energia leve, suave que atrai algumas bênçãos. E elas vêm.
E quando começamos a sentir a abundância, quando a nossa vida deixa de ser aquela miséria espiritual e começa a brilhar, o que fazemos?
Achamos que não é bem assim. Que não somos abençoados coisa nenhuma. E dizemos vezes sem fim:
"O que é que eu fiz para merecer isto? Não pode ser!"
Nós é que somos especialistas em bênçãos.
Como se só nós é que entendêssemos disto.
Tipo: “Eu é que sei se o Céu pode me abençoar ou não, porque eu sei tudo e sei que não mereço ser abençoado. E se por acaso acontecer de uma bênção vir no meu caminho, eu vou me desviar porque eu é que decido se mereço ou não.
E definitivamente, não mereço.”
De tanto rejeitar ser abençoado, a energia baixa, a vibração diminui, e as bênçãos deixam de vir.
E enfim cumpre-se a profecia “eu afinal não merecia mesmo.”
E fica a clássica pergunta:
“Afinal eu não sou abençoado porque não mereço mesmo,
OU
como acreditei que não merecia deixei de ser abençoado?”
Qual será mesmo a resposta?