Normalmente quando a vida está ruim, quando a vida está difícil, quando uma pessoa está cheia de problemas, ela tem uma tendência muito grande a fugir do presente.
Ele projeta o futuro. Então ele sonha, ele tem objetivos, ele desenha um futuro melhor. E a sociedade premia esse tipo de atitude. A sociedade considera que as pessoas que têm objetivos, que são lutadores, são pessoas com caráter, são pessoas fantásticas. Mas a verdade é que eu só posso criar um futuro se eu tiver um presente, o futuro não é mais do que uma extensão do presente. Se o presente não estiver bem, se a pessoa não estiver alinhada com a sua energia para escolher de acordo com quem é, com quem escolhe ser…
Por isso, primeiro ela tem que escolher ser e depois então tem que ter ações que espelhem esse ser. Quem ela é. E é isso que vai fazer o futuro.
Quando a pessoa projeta por fuga o mais natural é, das duas uma, ou não acontecer, ou acontecer de uma forma superficial, de uma forma que não tem a ver com a pessoa, uma forma que depois não vai fazer ressonância com a sua alma, não vai trazer realização. E é por isso é que as pessoas estão sempre projetando no futuro, porque quando esse futuro próximo chega e a pessoa sente que aqueles objetivos que ela traçou não trazem realização, ela imediatamente aciona os mesmos mecanismos, isto é, foge desse presente e projeta mais futuro, mais futuro, mais futuro.
A ansiedade não é mais do que essa excessiva projeção no futuro, por incapacidade de compreender o presente. De compreender que o único lugar onde eu posso estar é no presente. O único lugar onde eu posso resolver os meus problemas é no presente. E se eu resolver as questões no presente, se eu me alinhar com o presente, se eu me alinhar com as minhas energias no presente, aí eu posso alinhar um bom futuro. Um futuro fantástico em que eu vou conseguir finalmente estar alinhada, evoluir e ser feliz. Tudo ao mesmo tempo.