Nos dias de hoje a necessidade de orientação é enorme. Principalmente a necessidade de orientação espiritual.
As pessoas andam perdidas, sem rumo. Sabem que o que lhes ensinaram não funciona – isso já perceberam – mas ainda não sabem muito bem para onde ir, que rumo tomar. Cada um diz uma coisa. Uns dizem que devemos seguir os nossos objetivos, outros que devemos parar, outros que devemos nos safar, outros ainda que devemos seguir o nosso coração e ainda outros dizem que o coração não sabe o que é um ordenado ao fim do mês.
A confusão é imensa, e parece que quanto mais informação temos através de iPads, iPods, iPhones e iTudos, menos sabemos quem somos.
Confundimos o que somos com o que sabemos. Como se saber muitas coisas nos devolvesse a nossa Alma.
E por que isto tudo? Porque chegamos a este ponto?
Aqui há um tempo, quando as pessoas começaram a desiludir-se com as religiões, com os dogmas das religiões, passaram a rejeitar tudo o que é espiritual. O pensamento era linear:
– “As religiões são a ligação com a espiritualidade. Se não acredito numa religião, não acredito na espiritualidade. Ponto.”
E foram ficando cada vez mais perdidas, julgando que o ego, a mente, a lógica, a inteligência, poderiam resolver tudo. A questão que Jesus põe sempre é:
– Se o ser humano está certo e a inteligência resolve mesmo tudo, porque é que as pessoas andam tão tristes? Tão deprimidas? Tão doentes?
Uma pessoa para ser espiritual não precisa ser religiosa.
Um dos princípios fundamentais da espiritualidade é o de ajudar o ser humano a realmente ser quem é, sem teimar em ser o que esperam dele. E as religiões têm esperado muita coisa de muita gente. Pregam verdades encaixotadas que supostamente servem para todos. Como é que, sendo nós tão diferentes, podemos seguir todos em uma única direção? Como é que posso admitir para a minha vida uma ideia com a qual não concordo?
Quando uma pessoa percebe que não precisa das religiões para se relacionar com o mundo espiritual e energético, começa finalmente a Se sentir. Percebe o quão única é e o quão livre pode ser. É uma das maiores conquistas do ser humano, a liberdade de se ser quem se é. A liberdade de finalmente acreditarmos que temos dentro de nós tudo para sermos felizes. Acreditarmos realmente que somos feitos de Luz.
E, a partir daqui, uma nova questão surge.
– E os ensinamentos que anteriormente íamos buscar aos padres, rabinos e sacerdotes, à Bíblia, Alcorão ou Torah, onde podemos ir buscar agora? Como ter informação evolutiva, personalizada, fidedigna?
Se já não tenho religião, quem será o meu guia, o meu tutor, o meu guru?
A resposta é incrivelmente simples. O meu Eu Superior*.
Este ser de Luz, detalhadamente explicado no Ensinamento correspondente no início deste livro, é a nossa metade sagrada que ficou no Céu. É o nosso guia particular, o nosso mestre. Em Meditação é possível contactá-lo e receber respostas evolutivas às questões da nossa vida.
* Eu Superior – Ver “6.o Ensinamento – Eu Superior”